Transformação digital e parcerias criativas em agências: os segredos da B.done

October 25, 2020
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O papel das agências de marketing vem mudando a cada novidade do mercado. Junto com as adaptações e novas tendências que surgem, as demandas reforçam que transformação digital e planejamento estratégico continuam sendo fundamentais para entregas de sucesso. Ao mesmo tempo, os cenários atuais mostram que a demanda por ações de marketing vai continuar latente, dando espaço para profissionais e empresas que atuam na área.

Conversamos com Débora Brauhardt, co-fundadora e head de Marketing na B.done, empresa especializada em conectar marcas com agências e veículos de mídia para transformar experiências de mercado e otimizar resultados de marketing.

Débora nos falou sobre a necessidade de conexão entre as empresas e as agências e sobre como as dores dos gestores podem ser supridas com estratégia. Além disso, contou sobre o processo de criação da B.done e a importância da parceria para a criação de sucesso no mercado.
Dicas de ouro para quem quer crescer como negócio e como agência. Aproveite o conteúdo e, se quiser conhecer um pouco mais sobre a B.done, acesse bdone.com.br!







Duda: A B.done surgiu a partir da necessidade de conexão entre empresas, agências e veículos de mídia. Qual o papel dessa interação no desenvolvimento dos negócios e na evolução do segmento no Brasil e no mundo?


Débora:
Pra mim, trabalhar com marketing é quase como trabalhar com comida: não importa o que aconteça no mundo e como as coisas mudem: a gente vai precisar continuar comendo e vendendo. Então há sempre espaço para os dois! Haha 

Mas no marketing, a principal diferença é que o comportamento do consumidor vem mudando - e muito - desde sempre. A própria pandemia é um grande exemplo desse movimento: muitos negócios estão realmente passando por profundas crises, negócios estão fechando as portas diariamente. Do outro lado, novos segmentos estão explodindo. Um exemplo: quase não vamos mais a restaurantes, mas a entrega de comida por delivery cresceu mais que 200%! É tudo uma questão de perspetiva. 

Costumamos dizer aqui na B.done a solução para todos esses problemas que estamos enfrentando é infinita e abundante: a criatividade.

Nesse sentido, o papel dessa interação não apenas é perene como é exponencial: encontrar parceiros criativos para acompanhar a evolução de comportamentos, interação e construção de relacionamentos é algo fundamental para as marcas que querem atravessar as próximas décadas firmes e fortes. 



Duda: Com a experiência da empresa, é possível identificar as principais diferenças de negócio e objetivos entre as agências brasileiras e o mesmo segmento em outros países? Como isso impacta na geração de negócios por aqui?

 Débora: Posso falar por experiências que tivemos com agências no Brasil, LatAm e Portugal que, no geral, vejo mais similaridades do que diferenças. Ainda é um segmento onde, mais comumente, os sócios vêm de um background mais criativo e menos business.  Óbvio que isso é uma generalização, e toda regra tem exceção. Mas quando isso acontece, leva um tempo para os sócios se verem e se sentirem confortáveis como empreendedores, que precisam pensar muito mais em estratégia, contabilidade e negócios que em marketing e a nova atualização do algoritmo do Google.  Só que muitas vezes esse processo leva tempo, e eles só percebem quando notam o quanto de dinheiro é gasto em retrabalho, quando o CAC não é coberto pelo LTV do cliente, quando a rotatividade de clientes começa a aumentar. 

Existe outro processo muito comum que vejo também que é a busca por "ferramentas milagrosas" que vão automatizar tudo para os clientes e que não vai precisar de inteligência envolvida para otimizar os processos. 

Para mim, cada vez mais as agências precisam perceber que elas têm o potencial para tornarem-se parceiros de negócios do seus clientes, trazendo no final do dia informações, insights e resultados que reflitam nos OKRs das marcas



Duda: Existe alguma dor dos gestores de agências digitais que ainda não pode ser suprida pela oferta de produtos e serviços disponíveis no país hoje? Como elas podem buscar soluções ou criar diferenciais a partir deles? 


Débora:
Trabalhar com marketing exige um olhar atento e crítico para tudo o que há de novo no mercado. Difícil dizer que falta alguma oferta, mas certamente o que há disponível pode ser melhorado. 

Para aumentar a eficiência, onboarding de clientes e setups, certamente as agências precisam contar com um "tech stack", bem como um metodologia mínima para atender seus clientes. Isso ajuda diminuir curva de aprendizado, você pode gerar valor mais rapidamente e causar o que chamamos de "momento WoW" para o cliente: aquele valor inesperado ainda no comecinho do projeto. Mas isso não pode ser escrito em pedra, e nem ser tomado como verdade que funcionará para sempre na geração de resultados. 

No fim do dia seu cliente quer X% de aumento no faturamento, e não saber se sua ferramenta de automação é essa ou aquela. Mas você, enquanto agência, precisa conhecer a fundo cada uma das ferramentas e quais delas te ajuda a chegar nesse resultado. Por isso, é imprescindível manter-se atento às novidades do mercado, para conseguir filtrar e extrair aquelas que vão facilitar o seu trabalho e te ajudar a ganhar tempo, autonomia e dinheiro! 

Duda: Como vocês veem o papel da tecnologia no planejamento e na execução de ações de marketing atualmente? Ela é mais relevante em empresas de maior porte ou impacta o mundo dos negócios de forma ampla?


Imprescindível.
A tecnologia certamente soma aos negócios, e a transformação digital não é uma promessa de algo que um dia vai chegar. Ela bate na porta todos os dias, e já nem pede mais licença pra entrar

Para mim ela impacta o mundo dos negócios de forma ampla sem dúvidas. Talvez, o que aconteça é que empresas menores exijam uma complexidade menor para lidar com dados e criar suas estruturas de negócio. Mas nem por isso são menos importantes. 

Duda: A transformação digital veio para ficar no novo contexto pós-pandemia. Qual o impacto dela para empresas que atuam com presença digital e marketing online?


Débora:
Para mim o impacto é claro: quem não acompanhar as mudanças, já está em desvantagem do ponto de vista da competitividade de mercado. Estamos num mundo muito mais dinâmico, conectado e real time. A nossa necessidade  é instantânea, o que concordo que tenha vários impactos negativos em relação à saúde mental, ansiedade, dificuldade de atenção, etc. Mas isso é tema pra outra entrevista, e a gente gostando ou não dessa velocidade, precisa lidar com os fatos. Se alguém busca um termo no Google e sua empresa não aparece, você está ficando pra trás. Se você quer um sushi às 22h e o restaurante da esquina não tá no iFood, você vai pedir daquele outro que está no bairro vizinho e se antecipou. 

Acho muito difícil os negócios sobreviverem sem olharem para sua presença digital



Duda: Qual o principal desafio de mercado que vocês identificaram ao criar a B.done?


Débora:
Quando a B.done nasceu, a Cáh Morandi, que foi a idealizadora da empresa, estava com alguns projetos para estruturar as jornadas de receitas nas empresas, através do marketing e vendas. Nesse processo, ela convidou a mim e a Ju para apoiá-la em alguns desses projetos. Mas a ideia foi evoluindo, e vimos que estávamos ainda num caminho muito complexo e 100% voltado a serviços, o que logo ali na frente seria um desafio para escalar os negócios. Quando sentamos para conversar sobre identificamos alguns pontos: 

  • O nosso background profissional era muito conectado com as agências de marketing; 
  • Nesse processo, sempre vimos as agências e os veículos de mídia com um grande gap na geração de negócios recorrentes, e sempre dependiam muito de indicação; 
  • Do outro lado,  por ter a experiência com agências, acompanhamos de perto o movimento de marcas para buscar parceiros criativos, e as suas frustrações por não encontrarem os melhores parceiros, muitas vezes por não dominarem as necessidades que tinham e contratavam aquele com o melhor pitch. 

Entendido isso e entendendo que criar relações entre as pessoas era algo que estava no nosso DNA, pensamos: "Bom, as agências e veículos de mídia precisam prospectar clientes de maneira recorrente e as marcas precisam encontrar os melhores parceiros criativos para ajudá-las a acompanharem as mudanças de mercado. Nós conhecemos de perto as dores desses dois públicos, e também entendemos de marketing e vendas. Por que não conectá-los de maneira mais eficiente?

E foi assim que entendemos que tínhamos uma boa oportunidade em mãos. 

Duda: Existe um momento ideal para reavaliar estratégias e repensar planejamentos com foco em resultados, pensando no contexto de agências?


Débora:
Na minha opinião, estratégia precisa ser avaliada constante e consistentemente.  Planejamento anual sem dúvida é requerido, mas ele também precisa ser quebrado em milestones para cada mês, bimestre ou quarter. Imagine que você quer fazer uma viagem pela América Latina de carro, e você tem 60 dias. Você precisa calcular quantos km vai andar por dia, qual o seu budget diário pra viagem, em que cidades vai se hospedar, onde vai ficar mais tempo, os pontos turísticos que quer visitar. É possível fazer a viagem sem nenhum planejamento? Óbvio que sim. Mas as chances de grandes problemas também são maiores, como, por exemplo, acabar o dinheiro no meio da viagem ou não conseguir finalizá-la dentro do prazo. Nas agências (e qualquer empresa) é a mesma coisa. Sem entender se estamos nos nosso "track" de faturamento, produtividade, número de clientes, e outros objetivos estratégicos importantes, raramente vamos saber onde podemos melhorar, otimizar e o risco de algo grande dar errado é maior.


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Websites, in this case, aren’t just a tool—they become a part of their identity and brand. This deepens their engagement with your platform, as they need your product to maintain and update their site, ultimately making them less likely to churn. Plus, websites naturally encourage frequent updates, content creation, and customer interactions, which means your users will return to your platform regularly. When you can give your users the tools to create something so essential to their business, you make them more dependent on your platform. This creates a higher barrier to exit, as migrating a fully built website to another service is no small task. In fact, websites are some of the stickiest products you can sell, so adding them to your product portfolio can be one of the best decisions you can to keep your customers using your technology for the long haul. 2. Deliver continuous value through product innovation The key to keeping users coming back to your SaaS platform is ensuring that they consistently see value in it. This means not only meeting their immediate needs but also evolving to address their growing demands. Constant product innovation is essential for keeping your users satisfied and invested in your platform. One way to achieve this is through regular updates that add new features or improvements based on user feedback. A SaaS platform that evolves with its users will keep them engaged longer, making it harder for competitors to steal their attention. Encourage user feedback and prioritize updates that create tangible improvements. This creates an ongoing relationship with your users, which boosts stickiness. 3. Offer a multi-product solution Another powerful way to increase your platform’s stickiness is by offering a suite of products or features that integrate well together. When your users adopt multiple products, they are more likely to stay because they become embedded in your ecosystem. The benefits of this strategy are clear. Research shows that once users adopt more than one product, especially when they integrate >4 tools into their workflow, their likelihood of churn decreases significantly. This happens because the more a user integrates into your suite of products, the harder it is for them to switch to a competitor. These users have invested time in learning your ecosystem and rely on it for their day-to-day operations, making it much harder for them to make the switch. 4. Create a personal connection with your users Human connection is one of the most powerful drivers of user retention. People don’t want to feel like they’re using a cold, faceless platform. By offering exceptional customer support, personalized communication, and community engagement, you build a relationship with your users that goes beyond the product itself. 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